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Descobrindo a civilização Caral a mais antiga das américas

adelardeoliveiraporadelardeoliveira
dezembro 22, 2022
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Descobrindo a civilização Caral a mais antiga das américas
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A “descoberta” da civilização pré-Inca Caral, a mais antiga das Américas – 42 datações em carbono 14 apontam para aproximadamente 3 mil anos AC – certamente foi uma das coisas mais relevantes que aprendemos em nossa rápida passagem pelo Peru, em março de 2019. Os principais locais selecionados, no Vale do Supe, a aproximadamente 200 km ao norte de Lima, somente foram escavados a partir de 1996 pela arqueóloga peruana Ruth Shady.

A arqueóloga apresentou os seus dados pela primeira vez em 1997 no livro “A Cidade Sagrada de Caral-Supe nos alvores da civilização no Peru”. Nesse livro Shady sustentou abertamente a antiguidade pré-cerâmica da Cidade Sagrada. Caral, afirmação que consolidou de maneira irrefutável nos anos seguintes, através de escavações intensivas no lugar.

 

Coricancha, em Cusco, foi a sede do Império Inca

Civilizações andinas pré-colombianas

– Incas                                                 1.180 DC a 1.533 DC

(Peru, Equador, Norte da Argentina e Bolívia)

– Chancay                                          1.100 DC A 1.450 DC

(Peru, 65 km ao Norte de Lima)

-Chimu                                                  900 DC a 1.532 DC)

(Norte do Peru, legatários dos Mochicas)                                            

–Lambayeque ou Sicán                        700 DC a 1.375 DC

(Costa Norte do Peru)

– Wari                                                     600 DC a    900 DC

(Ayacucho, Peru)

-Tiwanaco                                              100 DC a 1.100 DC

(Proximidades do Lago Titicaca, na Bolívia, e Chile)

-Mochica                                                100 AC a     800 DC

(Norte do Peru)

-Nazca                                                      300 AC a      800 DC  

(Sul do Peru)

-Pukara                                                   500 AC a      380 DC

(Puno, Peru)

-Paracas                                                 800 AC a      200 DC

(Sul do Peru)

-Chavin                                                 1.500 AC a     500 DC

(Ancash e Ica, Peru)

-Caral                                                     3.000 AC a  1.800 AC

(Vale do Supe a 200 km ao Norte de Lima)

 Max Uhle escavou em 1905 em Áspero, um local situado no litoral do vale de Soube, a 23 km da Cidade Sagrada de Caral, no Peru. Julio C. Tello explorou o mesmo lugar em 1937. Não há evidências que eles tivessem entrado no vale de Soube e, portanto, que chegassem a conhecer a Cidade Sagrada de Caral.

A primeira pessoa que chamou a atenção sobre a Cidade Sagrada de Caral (Chupacigarro Grande) foi o viajante americano Paul Kosok, que visitou o lugar juntamente com o arqueólogo também americano Richard Schaedel em 1949. No seu relatório, publicado no livro “Life, Land and Water in Ancient Peru”, em 1965, mencionou que Chupacigarro (como era conhecida a Cidade Sagrada de Caral então) devia ser muito antigo, mas não pode demonstrar quanto.

Em 1975 o arquiteto peruano Carlos Williams fez um registo da maioria dos lugares arqueológicos no vale de Soube, entre os quais registou o Chupacigarro Grande, a partir do qual fez algumas observações sobre o desenvolvimento da arquitetura nos Andes, que apresentou primeiro no artigo “Arquitectura e Urbanismo no Antigo Peru”, publicado em 1983 no tomo VIII da série “História do Peru” da editorial Juan Mejía Baca, e depois no artigo “A Scheme for the Early Monumental Architecture of the Central Coast of Peru”, publicado em 1985 no livro “Early Ceremonial Architecture in the Andes”.

O arqueólogo francês Frederic Engel visitou o lugar em 1979, levantando um plano e escavando no mesmo. No seu livro “Das Begónias ao Milho”, publicado em 1987, Engel afirmou que Chupacigarro Grande (como ainda era conhecida a Cidade Sagrada de Caral) pôde ter sido construído antes do aparecimento da cerâmica nos Andes (1800 aC). No entanto, os arqueólogos andinos assumiram que o local era “acerámico”, isto é, que tinha sido construído por uma população que não utilizava a cerâmica, ainda que esta já se conhecia noutros lugares dos Andes.

Em 1994 Ruth Shady percorreu novamente o vale de Supe e identificou 18 lugares com as mesmas características arquitectónicas, entre os quais se encontravam os 4 conhecidos como Chupacigarro Grande, Chupacigarro Chico, Chupacigarro Centro e Chupacigarro Oeste. Para diferenciá-los Shady denominou-os, Caral, Chupacigarro, Miraya e Lurihuasi. Caral, Miraya e Lurihuasi são os nomes quechua dos povoados mais próximos aos lugares. Chupacigarro é o nome espanhol de uma ave do lugar.

Shady escavou em Caral a partir de 1996 e apresentou os seus dados pela primeira vez em 1997, no livro “A Cidade Sagrada de Caral-Supe nos alvores da civilização no Peru”. Nesse livro sustentou abertamente a antiguidade pré-cerâmica da Cidade Sagrada de Caral, afirmação que consolidou de maneira irrefutável nos anos seguintes, através de escavações intensivas no lugar.

O Projecto Especial Arqueológico Caral-Supe está a cargo dos trabalhos na Cidade Sagrada de Caral, bem como dos assentamentos próximos de Áspero, Miraya e Lurihuasi. A arqueóloga Ruth Shady, viaja ao vale em forma permanente para continuar o trabalho das escavações e descobertas nesta parte de um país arqueologicamente rico e de diversas culturas milenares.

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